sábado, 13 de agosto de 2011


Como você me faz falta.
Já disse que roubaria a lua, para que ela me fizesse companhia. Ela sempre foi a nossa companheira.
Queria poder lhe abraçar, pode lhe beijar, apenas estar contigo, só contigo.
Mas não posso, pois a distância se faz presente mais uma vez e me impede de lhe abraçar.
Estou perdido novamente, neste caos, nesta selva que insiste em me engolir e eu continuo lutando. Estou perdido nestes dramas que já se tornaram a trilha sonora dos meus dias, de minha vida. Estou perdido em minha própria casa, os cômodos são como labirintos, e só pareço encontrar a saída quando me deito em minha cama e sonho contigo, quando estou acompanhado da lua.

A lua tem sido minha companheira, me traz lembranças de nós dois, ilumina meus sonhos contigo e me alegra mesmo quando não a vejo, quando apenas sei que ela está lá. A lua representa minha esperança, e se tornou a imagem de meus sentimentos, brilha timidamente, mostra em sua superfície, a beleza de suas crateras, crateras que são marcas das dores de amor.
A separação dos amantes é um dos motivos das dores da lua. Ela ama aqueles que se amam, e mantém em teu abraço os casais apaixonados. A lua se machuca quando casais se separam, amores terminam e principalmente quando ficam distantes. Para ela os amantes são como filhos, que ela quer bem, e ver sempre felizes, e se um rompimento lhe deixa uma cratera, a tortura constante da separação lhe toma o brilho aos poucos em uma dor prolongada. Enquanto eu a suplicava por ajuda e consolo, ela me fez esta confissão e me pediu carinho e acalento.
Enquanto a lua se aproximava com sua beleza singela e elegante, me embriagou em teu encanto, encontrei naquele corpo cheio de crateras de amor, alguém fiel, e forte por dentro. Na lua me encontrei. Em mim a lua se encontrou.
Então vou abraça-la, vou rouba-la só para mim, mais uma vez. Pois enquanto não posso lhe abraçar, ela me fará companhia e me lembrará de que você jamais irá deixar de ser só meu.
Estou abraçando a lua, esperando poder abraçar-te de novo.
E quando eu puder te abraçar, a lua, minha doce e fiel companheira, tomará seu lugar no céu e nos iluminará, feliz com jamais fora, pois teremos saído de nosso abraço de consolo mutuo. Eu abraçarei o amor de minha vida e ela nos abraçará com teu brilho, ela poderá mais uma vez, abraçar os amantes.
Eu e a lua esperamos ansiosos por este dia, quando poderemos abraçar, cada um a sua forma, novamente aquele que amamos.
Até lá, ficaremos abraçados, apenas nós dois, cuidando das feridas um do outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário